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Why Wont God Heal Amputees

Logo do WWGHA

Why Won't God Heal Amputees? é um site de ateísmo escrito por Marshall Brain que aborda o tema da existência Deus, focado mais extensivamente no Deus abraâmico, através de textos explicativos, exposições de supostas perguntas não respondidas (na prática, alegam que não há resposta real para tais perguntas) e de vídeos lançados no YouTube. O site é "irmão" do God is Imaginary - 50 simple proofs, também escrito por Brain, e aborda o tema de forma semelhante.

Sobre seus argumentos, consistem não em ser os tradicionais argumentos filosóficos contra a possibilidade da existência da Divindade (tais como o Paradoxo da Onipotência e o problema do mal), por mais que venha a dar "pincelçadas" nos temas por estes abordados, mas sim em, por vezes, utilizar a própria Bíblia como base de uma suposta incoerência com relação à existência de Deus. Tais menções à Bíblia são efetuadas na tradicional maneira ateísta: sem considerar contextos momentâneos, omitindo alguns textos relacionados ao assunto abordado, esquecendo-se do contexto histórico e da visão e modo pelo qual Deus agia nestes momentos históricos, entre outros. No entanto, o enfoque das críticas cristãs às alegações da comunidade do Why Won't God Heal Amputees?" não está despositado tanto nas alegações em si (uma vez que elas são resultado sempre dos mesmos erros), mas sim no fatanismo pelos próprios argumentos por eles expostos ao ponto de não admitirem, a priori, que haja respostas e refutações plausíveis para eles, negando-se a aceitar qualquer rejeição que venha a ser argumentada.

Apresentação[]

A apresentação do site incia-se da seguinte forma (em português):

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Características e apresentação[]

Como muitas publicações ateístas existentes, a comunidade do site afirma palavras como "inteligência" como base para seus argumentos e suas análises, enfatizando a necessidade do próprio leitor também fazer uso desta inteligência presente nos seres humanos - como pôde ser visto na introdução do site -. No entanto, apesar do uso desta inteligência para bolar seus argumentos, a aparição de ignorância é claramente visível, principalmente no que diz respeito à compreensão bíblica que, como é de se esperar de qualquer material sobre ateísmo, quase sempre aparece de forma deturpada, mal-considerada ou mal-interpretada.

Uma característica do site é que, apesar de apresentar, em sua introdução, uma questão ambígua ("Deus existe ou não?"), seus argumentos partem sempre (ou quase sempre) de pressupostos ateístas. Em outras palavras, as acusações e afirmações levantadas sobre Deus são embasadas em afirmações e conhecimento ateísta (em outras palavras, conhecimentos que somente os ateus possuem uma vez que não há estudo algum para embasá-los, provas ou evidências), de modo que o resultado final de todas as suas pesquisas, por mais que elas, em sua essência, apresentem-se não-tendenciosas, é previsível, de modo que a introdução ao site acaba por ser falacioso, pois ele não busca a "verdadeira natureza de Deus", mas sim única e exclusivamente expôr que "Deus é imaginário".

Outra argumentação largamente difundida no site sob o termo "delusion" (desilusão, alucinação[1]) é a de que pessoas religiosas são, uma vez que o conceito é interpretado, "ignorantes, iludidas", enquanto que "as criaturas mais sábias e racionais são os ateus". Não há, aparentemente, a vontade de lembrar nomes da história como Isaac Newton e Albert Einstein que defendiam a existência de Deus e que são tradicionalmente vistos como grandes gênios da História.

Uma manifestação tradicional dentro dos artigos do WWGHA é o uso de manipulação subliminar do tipo emotivo, criando histórias e usando palavreado específico que venha a criar uma dose de emoção no leitor, comovendo-o com a situação apresentada, e fincando nessa mente já psicologicamente debilitada a idéia ateísta. Um exemplo é o primeiro capítulo chamado Chapter 1 - The line is drawn, onde uma história real trágica é relatada, mas não na forma que seria tida como tradicional, isto é, informativa, mas pedindo que o leitor imagine a cena, fazendo-o entrar no "clima" para, então, vir a comovê-lo com o fato de Deus não ter prestado ajuda num momento em que, supostamente, Ele deveria ter ajudado.

Outra manifestação comum é a chamada falácia de considerar passagens fora do contexto bíblico, que consiste em considerar apenas um ou mais versículos sobre o tema sem citar todos os outros sobre o mesmo assunto presentes na Bíblia, o que quase certamente gera um resultado desastroso e equívoco. Essa manifestação é bem comum nos primeiros artigos do WWGHA, onde o autor aborda a questão de orações não terem sido respondidas quando Jesus tenha prometido que seriam, "esquecendo-se" de todas as demais passagens bíblicas sobre o assunto. Para Martin Bittencourt, este erro é feito propositadamente para que o leitor seja confundido, e isso ele alega considerando-se três fatos: (1) ao longo de toda a obra do site, inúmeros versículos são mencionados, o que evidencia alguma pesquisa que tenha sido feita sobre a Bíblia ou um mínimo conhecimento sobre ela. (2) O conhecimento de que "a Bíblia se auto-explica", se "auto-completa" é largamente difundido no meio cristão/teológico; dificlmente um ateu que está na "guerra do cristianismo x ateísmo" nunca terá ouvido falar disso. (3) Considerando-se que algumas das argumentações do site vêm do ponto de vista científico (evolucionista), é sabido de críticas de evolucionistas contra argumentos criacionistas que são justamente embasados cometendo-se esta falácia de retirar-se alguma afirmação de seu contexto. Se os autores do site entendem um pouco da controvérsia evolução x criação, é bem possível que eles tenham conhecimento da existência de tal falácia e, assim sendo, a empregam de livre e espontânea vontade, tornando-se culpados.

Críticas[]

O site vem recebendo um número razoável de respostas por parte dos cristãos que respondem à pergunta de várias maneiras. Sendo a pergunta totalmente sem sentido, normalmente os que a ela respondem acabam por considerar diversos tópicos além da pergunta em si (como, por exemplo, a não obrigatoriedade de Deus fazer os milagres que queremos, a existência do mal no mundo, etc.). Este "comportamento" dos cristãos tem levado aos ateus afirmarem que os cristãos só sabem fugir da questão[2] e responderem muitas perguntas não perguntadas[3], dando a "conclusão" de que não há resposta para tal pergunta e, portanto, o lado ateu vence. Segundo Martin, tal comportamento é irracional porque "não há como responder a uma pergunta que é, por natureza, falida. Afinal de contas, Deus cura amputados e, se Deus cura amputados, como podemos responder à pergunta 'por que Deus não cura amputados?'".

Existem diversas críticas que podem ser levantadas contra as afirmações presentes no site WWGHA não só no que diz respeito a pergunta dos amputados, mas sobre todas as considerações nele feitas. No entanto, a maior crítica que pode ser levantada, segundo Martin Bittencourt, é a alegação de uso de razão por parte de Brain sem que esta mesma venha a ser exposta quando se trata de buscar respostas a argumentações. Isso se dá porque, como o autor demonstra em todo o site, ele não está a realmente levantar um questionamento, mas está a ditar-lhe a resposta, ou seja, ele simplesmente argumenta e trancar-se frente a qualquer resposta possível.

Um dos conceitos básicos na educação é o de "perguntar para aprender". Seguidamente é ouvido em salas de aula conselhos como: "Perguntem, caso tenham dúvidas!" e "Não deixem que fique dúvidas; perguntem!". É indiscutível que todo ser humano é ignorante em alguma coisa, uma vez que é impossível, na prática, que se saiba de tudo (ou melhor, sobre todos os assuntos). Neste contexto, o ato de perguntar sobre alguma informação, história ou conceito a alguém mais entendindo no assunto não é visto como um ato digno de menosprezo[Nota 1], mas quase um ato digno de elogio, uma vez que representa um indivíduo que está em busca do conhecimento, além de ser humilde o suficiente para, não fechando-se sobre sua própria ignorância, reconhecer que há indivíduos mais bem instruídos e capazes de responder às dúvidas existentes.

No entanto, isso é claramente não visto nos materiais da comunidade do Why Won't God Heal Amputees?. Um exemplo claro encontra-se no vídeo por eles produzido que se chama "10 questions that every intelligent Christian must answer", onde o narrador, ao apresentar as perguntas propostas, ao invés de afirmar que não foi encontrada nenhuma resposta plausível pela comunidade que eles julgam isso motivo para não crerem em Deus, afirmam indiretamente que não há resposta possíveis para tais argumentações e que respostas vindas dos ouvintes não passariam de desculpas (este comportamento se dá em todos os momentos em que uma pergunta é lançada).

Outra característica das apresentações do grupo é a de considerar seus ouvintes literais ignorantes com relação ao "conhecimento" por eles exposto. Isso é enunciado através do mesmo vídeo, onde o narrador inventa que o ouvinte não consegue responder plausivamente suas respostas e que, no momento em que ele apresenta as suas (e que não possuem a menor razão, sabedoria ou inteligência que eles afirmam), o ouvinte se sente "confortável" pois supostamente o problema é resolvido quando se assume que Deus é imaginário.

Um dos argumentos de Martin Bittencourt frente a isso é que "não só não dá para se responder a uma pergunta que não é possível de ser respondida por ser logicamente inconsistente, como também não é nossa obrigação responder uma pergunta que alguém faz se este já predeterminou que não irá aceitar a resposta".

Lista de falácias comuns apresentadas
  • Falácia de citação fora do contexto bíblico - O autor ignora um conhecimento teológico importante acerca de leitura e interpretação bíblica (necessariamente, uma vez que é praticamente impossível fazer alguma crítica coerente à Bíblia sem quebrar alguma coisa), que é o de que não devemos remover uma passagem bíblica de seu contexto textual, histórico e finalmente da Bíblia inteira. Ele faz isso, por exemplo, no capítulo 2.]
  • Falácia cherry picking - Relacionado ao anterior e possível de se ver no mesmo exemplo, Brain pega os versículos que lhe importam (cometendo a falácia acima), ignorando totalmente aqueles que refutam suas afirmações, e os apresenta de tal forma que venham a suportar suas afirmações quando, em seu estado original, não o fazem.
  • Falácia do espantalho - Brain comete essa falácia com Deus toda vez que menciona seus atributos, uma vez que só menciona aqueles que lhe convém; o atributo justiça, por exemplo, sempre é ignorado. Muito presente no capítulo 3.

Aceitações e elogios[]

Apesar da evidente crítica (e bem assim cristã), o site WWGHA já recebeu alguns elogios e citações na mídia - prioritariamente ou majoriatiramente ateísta -. O site foi "discutido" em um artigo do jornal estadosunidense New York Times num artigo por N. D. Kristof[4], recomendado por Sam Harris no seu livro Letter to a Christian Nation e elogiado, numa carta do New York Times, pelo famoso biólogo e ateu Richard Dawkins que chamou-o de "site explêndido"[5].

Junto dos elogios, alguns outros sites [ateístas] fazem menção à obra como correta e a indicam para o debate (exemplos são Living the Scientific Life, Above Top Secret e Unresonable Faith). Normalmente tais sites não adicionam nada à obra.

Sites que tratam do assunto[]

Mais sobre este artigo:
Vídeos Vídeos selecionados

Segue uma lista de sites que já abordaram o conteúdo do WWGHA:

Sites críticos (cristãos)
Sites apoiadores (ateus e relacionados)

Veja também[]

  • CRR a Why Won't God Heal Amputees
    • A categoria para artigos de refutação às alegações do site.
  • God is Imaginary, o "site irmão" do WWGHA

Notas

Referências


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