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       Durante séculos, a Igreja Católica impôs suas doutrinas a grande parte do povo europeu e americano. Com o advento do humanismo, o progresso da ciência e do senso crítico, algumas pessoas começaram a levantar críticas e argumentações contra a Bíblia, aceita como Palavra de Deus pelos cristãos tradicionais. Supostas inconsistências históricas, arqueológicas e mesmo racionais (no que diz respeito a partes que entram em conflito) foram apontadas ao longo dos últimos séculos e muitas vezes tidas como motivo para não se crer que a Bíblia é a Palavra de Deus, ou ao menos que ela não é um livro perfeito.

Algumas destas acusações consistem em afirmar que há contradições na Bíblia, i.e., uma determinada passagem apresenta uma informação que se opõe ao que é dito em outra. Como é de se esperar que se a Bíblia é a Palavra de Deus como o Cristianismo em geral prega, então ela é isenta de erros, a veracidade desta alegação consiste num sério ataque à fé cristã; se tais argumentações são verdadeiras, não só a doutrina de inerrância bíblica seria justificadamente descreditada, como o próprio Cristianismo perderia muito de sua credibilidade histórica e teológica.


Causas

Segue-se uma lista de causas tradicionais que geram as supostas contradições da Bíblia:

  1. Falta de conhecimento arqueológico;
  2. Erro de interpretação;
  3. Falta de interesse em pesquisa - Uma das coisas que em muito auxiliam a leitura bíblica são os comentários existentes em muitas bíblias de estudo. Os estudiosos que as escreveram normalmente arquivaram anos de pesquisa e disponbilizaram os resultados em suas Bìblias personalizadas. Na maioria dos casos, tais conhecimentos são em muito superiores aos que um cristão comum detém, e ainda mais superiores do que os que os críticos possuem;
  4. Incompreensão de metáforas - Há muitas metáforas na Bíblia e, ocasionalmente, uma acaba por ser má-interpretada por falta de conhecimento geral sobre o assunto. Nem todas as metáforas são, geralmente, compreendidas por um único indivíduo, ressaltando a importância da participação em cultos [de qualidade] para aprender-se, com os outros, o significado de passagens que sejam desconhecidos;
  5. Falta de conhecimento linguístico - Um outro caso crítico é a falta de conhecimento linguístico, como o desconhecimento de significado de palavras. A maioria das palavras possui mais de um significado e nem sempre aquele que é usual é o presente no texto, gerando confusão. Na prática, muitas vezes a simples utilização de um dicionário para auxílio resolveria o problema, mas a má vontade demonstrada pelos críticos em utilizar dicionários acaba por gerar mais confusão. Em certos casos, no entanto, mesmo um dicionário comum não basta, tendo-se que recorrer a um dicionário que possua os significados daquela palavras dentro do contexto bíblico;
  6. Incapacidade de interpretação textual - Um problema comum, provavelmente resultante de uma má formação colegial no campo de línguas ou de pura má-vontade do leitor em tentar entender o significado do texto.
  7. Falta de conhecimentos gerais - Este é o tipo de erro mais esperado de se encontrar em tais incompreensões e que reune tanto a questão de entendimento de passagens bíblicas quanto de conhecimentos gerais sobre os temas bíblicos. Um exemplo é a diferença entre o Tempo da Lei e o Tempo da Graça que explica muitas das questões referente às "crueldades" existentes no Antigo Testamente e o porquê de os cristãos não cumprirem muitos dos mandamentos de Moisés;
  8. Falta de auxílio do Espírito Santo - Talvez esse seja a grande causa, uma vez que Ele pode corrigir quase todos os problemas já citados. Pelo simples acompanhamento do Espírito na leitura bíblica é possível compreender-se uma passagem sem o mínimo de instrução ao mesmo tempo em que outro, super instruído, não consegue compreender.
  9. Erro de relação intertextual - Este erro consiste em não ter sido feito uma relação intertextual (entre os livros da Bíblia) coerente. Normalmente aplica-se a erros da Lei de Relação Geral-Exceção;
  10. Erro de relação inter-bíblica - Consiste em considerar apenas algumas partes da Bíblia separadamente e não num todo, como é o correto. Isso gera erros tremendos, uma vez que uma passagem dificilmente contém uma verdade plena sobre um dado assunto, necessitando de uma segunda "passagem auxiliar" para complementar o ensinamento.

No entanto, o Fundador crê que a maioria dos erros ainda consistem em ser fruto de má vontade e de apelo à possibilidade. Ele percebeu, ao refutar parte das supostas contradições levantadas pela Bíblia do Cético Comentada, que muitas das refutações (isto é, respostas) às supostas contradições jaziam justamente nos versículos apresentados como conflitantes, isto é, basta uma leitura mais apropriada e o leitor, com maior ou menor nível de instrução, perceberia que não há contradição. Para o Fundador, isto é uma clara amostra de má vontade por parte do leitor em querer compreender o livro, ou ainda de simplesmente não possuir o menor interesse em verificar se, de fato, a contradição existe. Por outro lado, é bem possível que os que levantam tais supostas contradições estejam plenamente cientes disso (ou seja, eles sabem que não há contradição alguma entre as passagens, apenas uma "sombra") - tendo-se em vista que muitos destes erros são "gritantes", tal alegação não é desembasada -, mas mesmo assim fazem questão de apresentarem estas passagens com a esperança de, porventura, alguém acabar por não se dar conta e, assim, cair no erro. Em outras palavras, é como se pensassem: "Sabemos que não há contradição entre estas passagens, mas vai que alguém acaba não percebendo e caindo? Então, vamos colocar lá. Na dúvida, não perdemos nada em colocar."

Ferramentas de compreensão

Para a correta leitura bíblica, algumas "ferramentas" são necessárias. Eis uma lista contendo as mais comuns:

  1. Espírito Santo
  2. Princípio da Relatividade - Muitos trechos bíblicos não foram escritos tendo como ponto de referência alguma decisão humana, mas foram consideradas uma referência do próprio autor ou de Deus;
  3. Lei de Relação Geral-Exceção - Exemplo: Deus afirma que não se deve prová-Lo, mas em Ml ele afirma que podemos prová-Lo nos dízimos. Logo, não podemos prová-Lo em nada à excessão nos dízimos.
  4. Mente analítica/crítica - O leitor jamais deve possuir uma "fé cega", uma vez que Deus quer que tenhamos um culto racional. Além disso, uma leitura "por cima" não gera muitos frutos; é necessário que o leitor constantemente utilize a pergunta "Por quê?" durante sua leitura;

A Bíblia do Cético Comentada

Ver artigo principal: Bíblia do Cético Comentada

A Bíblia do Cético Comentada[1] talvez seja a maior fonte de supostas contradições da Bíblia na Internet atualmente. Tendo o Fundador dedicado parte de seu tempo apenas para refutar as acusaçõs, ele notou que os erros lá encontrados sempre se enquadram nas categorias acima mencionadas - na verdade, ele se inspirou na leitura do site para formular a lista.

O site, no entanto, não se contenta a expôr as supostas contradições, mas ainda "debate" (i.e. expôe) passagens bíblicas por contexto (por exemplo, Mulher na Bíblia e Injustiças na Bíblia), onde os fundadores do site revelam seu total desconhecimento com relação à questão de compreensão de contexto (não necessariamente aplicados à questão entre as diferenças entre os tempos bíblicos, mas ao contexto específico das passagens), talvez levando seu leitor à confusão por não exporem a Bíblia apropriadamente (nos casos mencionados, nada de especial além de contar toda a história em que o "problema" se encontra ao invés de somente mostrá-los separadamente).

Refutações cristãs

Existem alguns lugares na Internet que se dedicam, totalmente ou parcialmente, à refutar os argumentos céticos com relação a estas supostas contradições na Bíblia.

Descontradizendo Contradições na WEB

Ver artigo principal: Descontradizendo Contradições na WEB

O site Descontradizendo Contradições na WEB[2] aplica-se, desde o ano de 2007, a refutar estas supostas contradições. Além, sua equipe desenvolve pesquisas sobre alguns assuntos relacionados ao Cristianismo.

Teonis Wiki

A Teonis Wiki também aplica-se a refutar os argumentos, dedicando um tipo especial de artigo (os artigos SCB - Supostas Contradições da Bíblia) para esta missão. Uma lista completa pode ser visualizada na categoria dos artigos SCB.

Veja também

  • A Bíblia do Cético Comentada
  • Tempo da Lei x Tempo da Graça
  • Artigo no ChristianAnswers

Referências

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Argumentos para o Teísmo
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