Objeção não teísta: As religiões são perigosas

Uma objeção levantada contra as religiões por seus críticos é que as religiões são perigosas. Como evidência de que este é o caso, críticos apontam para eventos supostamente feitos em nome da religião e que constituem uma ameaça à humanidade. Pessoas como o biólogo ateu Richard Dawkins apontam para eventos como os ataques às Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001 como evidência disso.^[fonte?]

Avaliação

Esta objeção, todavia, possui sérios problemas:

• Ela normalmente não carrega uma explicação dos julgamentos morais que carrega. Tendo em vista que seus críticos são na maioria dos casos ateus (como Dawkins), e que tais ateus são normalmente relativistas morais (salvo poucas exceções, como o autor e neurocientista Sam Harris^[fonte?]), a objeção acaba tornando-se inválida pelo mesmo problema contido no problema do mal: pressupõe uma verdade que, de acordo com a cosmovisão sustentada, não faz sentido.
• Muitos dos exemplos levantados como evidência de que as religiões são perigosas não foram inspirados pela religião, costituindo más análises históricas. Os ataques de 11 de setembro, por exemplo, não foram motivados pela religiosidade (mesmo que uma interpretação da jihad tenha sido usada para justificar religiosamente os atos), mas por conflitos político-econômicos existentes entre os EUA e o Oriente Médio.^[fonte?]
• A lógica do argumento é falaciosa. Mesmo que todos os exemplos dados fossem legítimos, não segue deles que "as religiões são perigosas". Como analogia, entende-se que um hipotético argumento feminista contra o mundo masculino que alega que "os homens são perigosos" baseado nas várias vezes em que homens fizeram coisas ruins com a humanidade (e.g. Hitler, Stalin, etc.) seria obviamente falacioso. Da mesma maneira, todavia, não é logicamente viável julgar todas as religiões como perigosas porque algumas foram de alguma maneira responsáveis por maus atos ao longo da história da humanidade.

Referências

Objeções comuns contra ateísmo e teísmo