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Design Inteligente (DI) |
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Complexidade Irredutível |
Movimento do design inteligente |
Cronologia |
Principais defensores |
Phillip Johnson |
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Design Inteligente (original: Inteligent Design) é o estudo de padrões na natureza que são melhores explicados como resultado de inteligência.[1][2] Alguns dos seus defensores já manifestaram que desejam vê-la como uma nova teoria para explicar a origem da vida e, assim, suplantar a teoria da evolução de Charles Darwin tornando-se o novo paradigma do futuro[fonte?].
Em essência, o Design Inteligente (DI) afirma que há componentes no Universo (normalmente no ramo da biologia, mas também marcante na física) que claramente demonstram que foram projetados por algum Designer desconhecido (e cuja identidade não importa para a proposta) ao invés de terem surgido por acaso. Segundo os seus defensores, a teoria darwiniana por seleção natural segundo o princípio de mutações ao acaso não é capaz de explicar todos os fenômenos vistos na natureza (como a explosão cambriana e o flagelo bacteriano), mas a possibilidade de um Designer ter manipulado a evolução dos seres vivos (evolução teísta) ou mesmo ter criado-os diretamente (criacionismo) aparenta ser uma resposta mais plausível para estes fenômenos. Embora defenda este tipo de criacionismo (no sentido puro de criação, direta ou indireta), o DI não nega a funcionalidade da teoria evolutiva, mas normalmente direciona-a como somente verdadeira no quesito de microevolução (no que diz respeito aos processos normalmente defendidos, como mutações ao acaso), enquanto que a macroevolução seria a parte onde provavelmente teria havido a inserção/guia de atividade inteligente.
Embora os métodos que o DI utiliza para detectar a presença de um Desenhista por trás da vida na Terra sejam praticamente os mesmos usados por várias ciências oficias, como a arqueologia, e de os seus defensores continuamente afirmarem que a sua proposta é científica, os cientistas em geral (notadamente evolucionistas) têm rejeitado o DI, chamando-o de pseudociência e apenas uma nova forma de criacionismo mais científico (embora muitos sequer concordem com o termo 'criacionismo científico').
Entre os seus maiores defensores, encontram-se Michael Behe, William Dembski, Stephen C. Meyer e Phillip E. Johnson.
Crítica[]
O Design Inteligente vem sendo constantemente atacado e criticado tanto por membros da comunidade científica como pela não-religiosa, como partidários do ateísmo. muito embora havendo alguns casos mais notáveis, quando mesmo religiosos se posicionam contra o movimento. Na opinião majoritária da ciência, o DI é visto como uma pseudociência, um "criaconismo renomeado" motivado por 'religiosos que visam trazer Deus de volta ao laboratório'.
Boa parte destas críticas, todavia, são feitas sem uma boa argumentação, as vezes inclusive utilizando-se de falácias lógicas como non sequitur.
Nome e relação com criacionismo[]
Uma das críticas mais fortes na acusação de que o DI não passa de um Criacionismo remodelado é a argumentação de que o termo foi cunhado apenas com a intenção de propagar a mesma idéia sobre um novo nome, já que o Criacionismo a muito tempo já era visto como pseudocientífico e descartável.
Trata-se, todavia, de uma falácia non sequitur, espantalho e uma visível má-incompreensão, uma vez que está a desconsiderar as várias diferenças entre o DI e o Criacionismo, de forma que não é apenas um nome diferente, mas uma estrutura de pensamento diferente. Da mesma forma a premissa de que o DI é originado no Criacionismo, mesmo que correta, não significa que o primeiro seja pseudocientífico e que deva ser descartado. Isso pode ser mais facilmente visualizado no seguinte esquema:
- Historicamente o DI veio depois do Criacionismo, partilhando muitos conceitos, como o de design.
- O Criacionismo é pseudocientífico.
- Logo, o DI é pseudocientífico.
Se tal argumento fosse verdadeiro, então a teoria da evolução poderia também ser descartada pelo mesmo raciocínio, como é demonstrado neste esquema:
- Historicamente a teoria da evolução veio depois do lamarquismo, partilhando muitos conceitos, como o de uma explicação natural para a existência dos seres vivos na Terra.
- O lamarquismo está errado.
- Logo, a teoria da evolução está errada.
Inferência de Deus[]
Muitos dos críticos depositam suas inferências de que o DI está sendo utilizado para trazer Deus ao mundo científico tomando-se por base que, muito embora membros como Dembski insistam que o DI não faz especulações sobre a identidade ou natureza do Designer, a maioria esmagadora dos defensores do movimento são teístas, boa parte cristãos.
Esta crítica é, todavia, infundada, uma vez que as convicções pessoais de um cientista ou filósofo em nada implica ou se mistura com alguma teoria que ele defende, não fazendo sentido desqualificá-la por causa destas convicções pessoais. Esta atitude seria semelhante à tentar desqualificar a teoria da evolução porque muitos dos seus defensores são ateus. No caso do DI, todavia, a relação é ligeiramente maior do que no caso da evolução, já que a segunda, a princípio, pode ter ocorrido tanto na presença de um Designer quanto na sua ausência, enquanto que a primeira só pode ter ocorrido com um Designer. No entanto, estas peculiaridades particulares dos teóricos do DI em nada tem a ver com a teoria que defendem, algo que pode ser facilmente visto na nomenclatura utilizada - não se defende Deus como sendo o Designer, muito embora Ele seja tido como uma perfeita hipótese. Trata-se, portanto, de uma falácia non sequitur como pode ser mais claramente visto no esquema abaixo:
- O Design Inteligente defende a hipótese da existência de um Designer por trás do cosmos.
- Deus (religião) é um candidato a ser o Designer.
- A maioria dos teóricos do DI são teístas; grande parte deles são cristãos.
- Logo, o DI defende a existência de Deus.
Dados[]
Principais defensores[]
- Michael Behe
- William Dembski
- Stephen C. Meyer
- Phillip E. Johnson
Principais entidades[]
- Discovery Institute
Veja também[]
- Críticas à reportagem da revista Época sobre o DI
- Is Intelligent Design Viable?: William Lane Craig debate
- Intelligent Design: A Bibliography - Bibliografia de livros sobre o DI
Referências
- ↑ Expelled
- ↑ Evolutionary Informatics (em inglês). Página visitada em 12 de março de 2011. "Intelligent design is the study of patterns in nature best explained as the product of intelligence."
- William Dembski Mathematician explain intelligent design! (em inglês). Estrelando William Dembski. Publicado no YouTube por nicoforjesus em 1 de junho de 2007. Visualizado em 15 de dezembro de 2010.
- Stephen C. Meyer: Is intelligent design science - Signature in the Cell (em inglês). Estrelando Stephen C. Meyer. Publicado no YouTube por DiscoveryInstitute em 13 de julho de 2010. Visualizado em 24 de dezembro de 2010. Duração: 7:29.
- Intelligent Design: What it is/What is isn't (em inglês). Estrelando Casey Luskin e Stephen C. Meyer. Publicado no YouTube por rfvidz em 20/03/2011. Visualizado em 22 de março de 2011. Duração: 15:14.
- Understanding Intelligent Design (Sean McDowell) (em inglês). Estrelando Sean McDowell. Publicado no YouTube por rfvidz em 20/03/2011. Visualizado em 22 de março de 2011. Duração: 45:42.
- On Evolution (Sean McDowell) (em inglês). Estrelando Sean McDowell. Publicado no YouTube por rfvidz em 21/03/2011. Visualizado em 22 de março de 2011. Duração: 50:46.
- The Age of The Earth, by Dr. Stephen Meyer (em inglês). Estrelando Stephen Meyer. Publicado no YouTube por ColsonCenter em 30/04/2010. Visualizado em 23 de março de 2011. Duração: 1:58.
- 31. With Bill Dembski - Intelligent Design, Creation (em inglês). Estrelando William Dembski. Publicado no YouTube por oneminuteapologist em 15/02/2010. Visualizado em 26 de março de 2011. Duração: 2:04.
- Críticas
- Ken Miller on Intelligent Design (em inglês). Estrelando Ken Miller. Publicado no YouTube por theblur em 6 de janeiro de 2006. Visualizado em 29 de dezembro de 2010. Duração: 1:57:17.
- Ken Miller on Whale Evolution and Intelligent Design (em inglês). Estrelando Ken Miller. Publicado no YouTube por Kurpalac em 13 de fevereiro de 2007. Visualizado em 29 de dezembro de 2010. Duração: 4:25.
- Irreducible Complexity (bacterial flagellum) debunked (em inglês). Estrelando Ken Miller. Publicado no YouTube por bubbah em 28 de fevereiro de 2007. Visualizado em 29 de dezembro de 2010. Duração: 6:16.
- Intelligent Design Creationism (em inglês). Estrelando Robert T. Pennock. Publicado no YouTube por UCtelevision em 3 de janeiro de 2008. Visualizado em 29 de dezembro de 2010. Duração: 58:42.
- Michael Behe on Falsifying Intelligent Design (em inglês). Estrelando Michael Behe. Publicado no YouTube por IDquest em 04/08/2009. Visualizado em 30 de março de 2011. Duração: 1:36.
- Respostas
- Stephen C. Meyer: Is intelligent design science - Signature in the Cell (em inglês). Estrelando Stephen C. Meyer. Publicado no YouTube por DiscoveryInstitute em 13 de julho de 2010. Visualizado em 24 de dezembro de 2010. Duração: 7:29.