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O argumento ontológico de Leibniz é uma versão do argumento ontológico criada pelo filósofo alemão Gottfried Leibniz. Entendendo que o argumento ontológico "básico" era válido, mas requeria uma demonstração de que o conceito de "Deus" não era contraditório, Leibniz reformulou-o da seguinte maneira:[1]

  1. Se é possível um Ser absolutamente perfeito existir, então é necessário que exista.
    1. Por definição um Ser absolutamente perfeito não pode carecer de nada.
    2. Mas, se não existe, carece de existência.
    3. Logo, um Ser absolutamente perfeito não pode carecer de existência.
  2. É possível (não-contraditório) que um Ser absolutamente perfeito exista.
    1. Um atributo é uma qualidade simples e irredutível, sem qualquer limite essencial.
    2. Tudo que é simples não pode entrar em conflito com outras qualidades simples, já que diferem em tipo.
    3. E tudo que difere em tipo de outro não pode entrar em conflito com ele, já que não há área de semelhança na qual se sobreponham ou divirjam.
    4. Logo, é possível um Ser (Deus) possuir todos os atributos possíveis.
  3. Logo, é necessário que um Ser absolutamente perfeito exista.

Avaliação[]

Aparentemente a maior parte da crítica (e, assim, da razão para sua rejeição) ao trabalho de Leibniz jáz no consenso, mesmo entre os defensores do argumento ontológico, de que ele não foi capaz de provar a compatibilidade de todos os atributos possíveis de Deus.[1] Quanto a isso, há pelo menos três críticas, duas das quais defendidas por Norman Malcolm.[1] A primeira nota que a suposição do argumento de haver algumas qualidades essencialmente "positivas" e outras "negativas" não seja verdadeira podendo ser o caso que algumas sejam de um jeito num contexto e de outro jeito em outro. A segunda objeção rejeita a noção de algumas qualidades serem intrinsecamente simples, algo que foi demonstrado por Luding Wittgenstein como sendo falso: o simples num sistema conceitual pode ser complexo em outro. Por fim, Norman Geisler afirma que o argumento faz um movimento injustificado do conceitual para o real.[1]

Referências

  1. 1.0 1.1 1.2 1.3 Geisler, Norman. Enciclopédia de Apologética: Repostas aos críticos da fé cristã (em <Língua não reconhecida>). [S.l.]: Vida Acadêmica, 2002. p. 657. ISBN 0801021510.


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