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O argumento do livre-arbítrio versus justiça é um argumento contra a existência de Deus que alega existir uma contradição entre a Sua justiça, supostamente máxima e plena, com a sua onisciência através da relação desta com o livre-arbítrio. É possível que sua formulação original seja do usuário do YouTube cdk007.[1] O argumento pode ser resumido da seguinte maneira:[1]

  1. Se Deus existe, então ele é, por definição, equitativo e justo, todo poderoso e todo ciente.
  2. Se Deus existe, então ele recompensa boas obras e pune o pecado.
  3. Para que Deus possa ser equitativo e justo, uma pessoa só poder ser punida por pecados que são de sua culpa; um Deus equitativo e justo não puniria alguém por pecados que não são sua culpa.
  4. Para que um pecado cometido seja da culpa de alguém, esse alguém precisa ter escolhido cometer aquele pecado.
  5. Para que haja, de fato, escolha é necessário que haja livre arbítrio.
  6. Mas se é apresentada a uma pessoa uma escolha, um Deus todo ciente já saberia qual escolha essa pessoa irá fazer.
  7. Mas se a escolha já é conhecida, então só aquela escolha pode ser feita.
  8. Logo, tal pessoa não seria realmente livre.
  9. Logo, tal pessoa não poderia ser punida pelas más escolhas por um Deus justo e equitativo.
  10. Mas se Deus não fizesse isso, então não seria verdade que, se Deus existe, ele pune os pecados, mas se ele pune, então ele não é um ser justo e equitativo.
  11. Logo, livre arbítrio não pode coexistir com um Deus justo, equitativo e todo ciente.
  12. Logo, Deus não existe.

Avaliação[]

Em suma, este argumento fundamenta-se sobre a mesma ideia do argumento do livre-arbítrio versus onisciência, diferenciando-se na localização da primeira (não é o livre-arbítrio de Deus em jogo, mas de criaturas livres julgadas moralmente por Ele) e no que relacionada Deus com esta (a posição de justo e equitativo juiz das escolhas morais humanas). Em ambos os casos, todavia, o ponto central jaz na noção de que a existência de um ser onisciente está em conflito direto com a existência de livre-arbítrio.

Devido a essa natureza compartilhada, o argumento falha pelo mesmo motivo do outro: de assumir que onisciência implicaria em algum tipo de fatalismo ou determinismo.

Referências

  1. 1.0 1.1 cdk007[1]. (9 de março de 2007). The Logic of God (em inglês). Visualizado em 13 de janeiro de 2011.


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