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Um argumento das orações é um argumento que se baseia nas orações religiosas a suas divindades como evidência de que tal divindade existe ou não. O argumento existe tanto na sua forma teísta quanto na forma contrária a Deus. No primeiro caso, geralmente alega-se que as várias orações feitas a uma divindade (em especial o Deus abraâmico) foram respondidas, muitas das quais impossíveis ou mutíssimo improváveis de ocorrerem por causas naturais (i.e. milagres ligados à oração) ou que, muito embora possam ser explicadas por tais, a "coincidência" destas terem ocorrido justamente após ou durante uma oração constitui também evidência da existência de Deus. Estas orações podem ser tanto baseadas em alegados eventos dos dias atuais como podem ser baseadas em eventos descritos na Bíblia ou em outros livros sagrados, como as vezes que Israel orou e Deus respondeu, o fogo que desceu do céu pela oração de Elias, entre outros. As versões teístas, em especial a que une o evento à coincidência da execução de uma oração, é fortemente baseada na idéia de William Dembski de complexidade especificada. Já as versões não-teístas geralmente alegam que, mesmo havendo algumas orações aparentemente respondidas, o alto índice de orações não respondidas é mais apropriadamente compreendido com a não-existência de Deus (ou alguma forma de Deus deísta) do que com Sua existência, enquanto que as ditas orações respondidas não passariam de coincidências, o que explicaria o número baixo de suas ocorrências bem como o "fato" de que a maioria pode ser explicada por processos naturais. Já para os casos em que há aparentes orações respondidas que possuem um forte caráter milagroso (como a oração de Elias), realmente difíceis de serem explicados por causas natuarais, geralmente argumenta-se que ou suas narrações são mentirosas, exageradas, ou não há como saber se tais eventos realmente ocorreram porque seus fundamentos históricos (i.e. suas fontes) são fracos e de pouco crédito. Ainda pode-se apontar críticas à ocorrência de milagres, como as de David Hume, para se atestar que não se deve acreditar nos relatos mais sobrenaturais. Uma vez sobrando apenas as respostas que podem ser explicadas por causas naturais e tendo-se em vista o alto número de orações não respondidas, o defensor deste argumento pode concluir que um Deus não-deísta não existe.

Referências


Argumentos sobre a existência de Deus
Argumentos para o Teísmo
Argumentos contra o Teísmo
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