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O argumento das lacunas preenchidas é um argumento contra a existência de Deus que baseia-se na idéia de que muitas das lacunas onde Deus deveria (ou poderia) ser encontrado como explicação podem, na verdade, serem preenchidas com explicações naturalistas, de maneira que Deus torna-se desnecessário para explicar coisas e eventos no, e bem assim o próprio universo.

O argumento, em sua estrutura mais formal, pode ser esquematizado da seguinte forma:

  1. Se não há uma explicação naturalista plausível para uma dada coisa x, então Deus é o responsável pela explicação de x.
  2. Há uma explicação naturalista plausível para uma dada coisa x. (Onde x assume um dado apontado pelo argumentador)
  3. Logo, Deus não é o responsável pela explicação de x.

Segue uma outra maneira de estrutura o argumento, desta vez exposto como que alguém defendendo-o em algum debate:

  1. Tradicionalmente teístas têm afirmado que Deus é a explicação para tal e tal evento ou coisa que, eles alegam, não possui uma explicação naturalista plausível.
  2. Todavia, o fato é que temos hipóteses naturalistas que explicam satisfatoriamente tal e tal eventou ou coisa.
  3. Logo, não há porque postular Deus como explicação para tal e tal evento ou coisa.

Como o argumento quase sempre faz uso de hipóteses científicas, trata-se de um argumento científico contra Deus. Dada a natureza de "encontrar lacunas e explicá-las", o argumento segue um raciocínio indutivo. Por outro lado, ele pode ser tido como uma versão do argumento da ocultação divina.

Versões[]

Duas versões do argumento já foram criadas: o argumento da simplicidade segundo Atkins e o argumento de Hawking.

Em seu artigo sobre Deus das lacunas, a Theopedia escreveu o seguinte sobre o argumento de Hawking:

  • "In the hot big bang model ... the initial state of the universe would have to have had exactly the same temperature everywhere in order to account for the fact that the microwave background has the same temperature in every direction we look."
  • "It would be very difficult to explain why the universe should have begun in just this way, except as the act of a God who intended to create beings like us."


Hawking then introduces various Inflationary models of the universe, and a "no-boundary" proposal that requires no singularity at the big bang. With that cosmological gap thus closed, he concludes:


  • "So long as the universe had a beginning, we could suppose it had a creator. But if the universe is really completely self-contained, having no boundary or edge, it would have neither beginning nor end: it would simply be. What place then, for a creator?"[1]

Avaliação[]

O argumento é falacioso pois sua premissa não passa de uma afirmação do chamado Deus das lacunas, um tipo de raciocínio largamente tido como falacioso tanto por não-teístas quanto por teístas.

Veja também[]

Referências

  1. example God of the Gaps - Contemporary example (em inglês). Theopedia. Página visitada em 26 de março de 2011.


Argumentos contra o Teísmo
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