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O argumento da razão é um dos menos populares argumentos para a existência de Deus, formulado por C. S. Lewis e primeiramente exposto no capítulo 3 do seu livro Milagres. Embora ele seja contado como um argumento pela existência de Deus, foi formulado a fim de derrubar-se 'a forma mais radical de Naturalismo', aquela que descreve a Natureza como "o espetáculo completo", isto é, que defende que nada existe além da Natureza (incluindo, daí, Deus). O filósofo cristão Peter Kreeft o resumiu da seguinte maneira:
If naturalism is true, Lewis argued, then it seems to leave us with no reason for believing it to be true; for all judgments would equally and ultimately be the result of nonrational forces.[1]
Formulações[]
Enquanto Lewis aparentemente nunca publicou uma formulação em premissas e conclusões de seu argumento, algumas versões tem sido propostas. Eis elas:
Zizur[]
- P. Um ser requer um processo racional para avaliar a verdade ou falsidade de uma alegação (doravante, para ser convencido por um argumento).
- C. Se os seres humanos são capazes de serem convencidos por um argumento, o seu processo de raciocínio precisa ter uma fonte racional.
- P. Racionalidade não pode surgir de não-racionalidade. Nenhuma arranjo de materiais não-racionais criam uma coisa racional.
- P. Nenhum material meramente físico ou combinação de apenas materiais físicos constituem uma fonte racional.
- C. Nenhuma avaliação que é verdadeira ou falsa pode vir de uma fonte meramente física.
- P. As avaliações de mentes humans são, de fato, capazes de verdade ou falsidade.
- C. O processo de raciocínio humano precisa ter uma fonte não-física e racional.
- C. Naturalismo, a posição de que tudo (incluindo a razão) nasce de processos físicos, é falso.[2]
Wikipedia inglesa[]
Os editores da Wikipedia apresentarem uma formulação do argumento como segue:[3]
- Para uma afirmação ser capaz de verdade ou falsidade ela precisa vir de uma fonte racional (veja a explicação abaixo).
- Nenhum material meramente físico ou combinação de materiais meramente físicos constituem uma fonte racional(i.e. anti-panpsychism)
- Logo, nenhuma afirmação que é verdadeira ou falsa pode vir de uma fonte meramente física.
- As alegações de mentes humanas são capazes de verdade ou falsidade.
- Conclusão: Logo, mentes humanas não são uma fonte meramente física (veja a explicação abaixo).
Este argumento defende:
- (5) Um ser requer um processo racional para avaliar a verdade ou falsidade de uma afirmação (doravante, para ser convencido por argumento).
- (6) Logo, se seres humanos são capazes de serem convencidos por argumentos, o seu processo de raciocínio precisa ter uma fonte racional.
- (7) Logo, considerando o elemnto dois acima, se seres humanos são capazes de serem convencidos por argumento, o seu processo de raciocínio precisa ter uma fonte não física (assim como racional).
- (8) Racionalidade não pode surgir de não-racionalidade. Isto é, nenhum arranjo de materiais não-racionais criam uma coisa racional.
- (9) Nenhum ser que começa a existir pode ser racional exceto por dependência, em última instância, de um ser que nunca começou a existir. Isto é, racionalidade não surge expontaneamente do nada mas apenas de outra racionalidade.
- (10) Todos os seres humanos começaram a existir em algum ponto do tempo.
- (11) Logo, se humanos são capazes de serem convencidos por argumento, precisa haver um ser necessário e racional no qual a sua racionalidade em última análise se baseia.
- Conclusão: este ser nós chamamos de Deus.
Outras[]
Outras versões do argumento:
- Natureza da razão
- A razão possui uma natureza de antecedente/consequente.
- Reações químicas possuem uma natureza de causa/consequência.
- Se a razão fosse produto puramente natural, como o naturalismo propõe, a razão seria formada pelas reações dos neurônios no cérebro.
- Mas as reações dos neurônios no cérebro são químicas.
- Logo, a razão não pode ser produto puramente natural.
- Logo, todo indivíduo que é racional não possui uma natureza puramente naturalista.
- O ser humano é um ser aclamado como racional.
- Logo, o ser humano não é um ser de natureza puramente naturalista.
- Implicações 1
- Se o naturalismo é falso, então o sobrenatural existe.
- Como vimos anteriormente, porque há seres racionais (os seres humanos), o naturalismo é falso.
- Logo, o sobrenatural existe.
- Implicações 2
- Para negar o argumento, é necessário negar ou que
- a razão não possui natureza de antecendente/consequente;
- as reações químicas não possuem natureza de causa/consequência;
- não há seres racionais.
- Sabemos que necessariamente as duas primeiras alegações estão certas - isso vem da própria natureza dos conceitos. Logo, para que o naturalismo seja verdadeiro, o terceiro ponto tem que ser necessariamente falso.
- Mas se não há seres racionais, então não há seres capazes de analisar as evidências para chegar a uma conclusão como a razão propõe.
- Mas se não há ninguém capaz de fazer isso, não há ninguém capaz de saber se o naturalismo é verdadeiro ou não.
- Logo, o naturalismo ou é falso, ou por sua própria natureza é indefensável - se for verdadeiro, ninguém jamais será capaz de sabê-lo racionalmente e ele consistirá numa crença irracional.
Martin Bittencourt formula o argumento da seguinte maneira:
- Se o naturalismo é verdadeiro e se Deus não existe, então a razão não existe.
- A razão existe.
- Logo, o naturalismo é falso e Deus existe.
Para (1) é dado que
O naturalismo providencia aparentemente apenas duas reações: causa-consequência e probabilística (física quântica). Neste caso, a razão não poderia existr porque ela é de uma natureza antecedente-consequente. Logo, precisa haver uma base da mesma natureza (antecedente-consequente, i.e. racional) para que a razão possa existir, e deve haver um fim para esta base numa Razão Eterna.
Contra-apologética[]
Notas
Referências
- ↑ Kreeft, Peter J.. The Argument from Change (em inglês). The Official Peter Kreeft Site[1]. Página visitada em 2 de janeiro de 2011.
- ↑ Ziztur (18 de agosto de 2009). The Argument from Reason Refuted (em inglês). Ziztur.com (blog). Página visitada em 2 de maio de 2010.
- ↑ Retirado de Argument from reason na Wikipédia anglófona. Página acessada em 2 de maio de 2010.
- Carrier, Richard (2004). Critical Review of Victor Reppert's Defense of the Argument from Reason (em inglês). Infidels. Página visitada em 2 de maio de 2010.
- Barefoot, Darek (2007). A Response to Richard Carrier's Review of C.S. Lewis's Dangerous Idea (em inglês). Infidels. Página visitada em 3 de maio de 2010.
- philosophickle (15 de agosto de 2007). The Argument from Reason (em inglês). Rational Perspectives (Blog). Página visitada em 2 de maio de 2010.
- The Argument From Reason. Dan Agonistes (blog) (8 de novembro de 2004). Página visitada em 2 de maio de 2010.
- Samples, Kenneth. DARWIN'S DOUBT (em inglês). Reasons to Believe. Página visitada em 2 de maio de 2010.
- Capítulo 3 de Lewis (milagres)
Material sobre[]
- The Argument from Reason - Nâo exatamente, mais relacionado ao argumento de Plantinga.
- Atheism is Freedom: The Argument from Reason Refuted - Ziztur.com (apresentação negativa)
- Dan Agonistes: The Argument from Reason - Uma apresentação resumida (positiva)
- Exbeliever on the Argument from Reason - Blog de Victor Reppert
- Mais sobre C. S. Lewis
- The Argument from Reason (1998) - Victor Reppert
- Critical Review of Victor Reppert's Defense of the Argument from Reason (2004) - Richard C. Carrier