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O argumento da moralidade subjetiva (ou dos valores morais subjetivos) é um argumento contra a existência de Deus que usa da alegada subjetividade dos valores morais para concluir que Deus não existe. De certa forma trata-se da "resposta" não teísta ao tradicional argumento da moralidade objetiva.

Apresentação[]

O argumento pode ser resumido da seguinte maneira:

  1. Se Deus existe, então a moralidade é fundamentada em Deus de alguma forma.
  2. Assim, se a moralidade não é fundamentada em Deus de alguma forma, então Deus não existe.
  3. Se a moralidade é subjetiva, então a moralidade não é fundamentada em Deus de alguma forma. (Antes, ela esta fundamentada em nós, em nossas opiniões, ou qualquer outra fonte de subjetividade)
  4. A moralidade é subjetiva.
  5. Logo, a moralidade não é fundamentada em Deus de alguma forma.
  6. Logo, Deus não existe.

Neste argumento, a premissa afirmando a subjetividade da moralidade é a principal. Em sua defesa, pensadores têm sustentado que:

  • Diferentes culturas e civilizações criaram diferentes valores morais.
  • Há o consenso geral de que a moralidade é subjetiva.
  • As pessoas não conseguem chegar a um consenso entre si sobre o que é moralmente correto ou incorreto.

Avaliação[]

O argumento falha precisamente na quarta premissa, com teístas discordando que a moralidade seja subjetiva. De fato, há pelo menos três maneiras de saber que a moralidade é objetiva:

  • Muito embora conscientemente nós afirmemos muitas vezes a subjetividade dos valores morais, na prática sempre testemunhamo-nos. Em outras palavras, o "consenso geral de que a moralidade é subjetiva" consiste em "palavras ao vento": as mesmas pessoas que uma hora afirmam a subjetividade dos valores morais acabam, em outras, afirmando sua objetividade. O escritor cristão C. S. Lewis observa este evento em seu livro Cristianismo Puro e Simples.
  • Nossos instintos morais nos apontam que a moralidade é objetiva.
  • A existência de Deus, fundamentada em argumentos cosmológicos, ontológicos, experiência pessoal dentre outros, garante a objetividade dos valores morais ao afirmar o antecedente da primeira premissa.



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