O argumento da moralidade subjetiva (ou dos valores morais subjetivos) é um argumento contra a existência de Deus que usa da alegada subjetividade dos valores morais para concluir que Deus não existe. De certa forma trata-se da "resposta" não teísta ao tradicional argumento da moralidade objetiva.
Apresentação[]
O argumento pode ser resumido da seguinte maneira:
- Se Deus existe, então a moralidade é fundamentada em Deus de alguma forma.
- Assim, se a moralidade não é fundamentada em Deus de alguma forma, então Deus não existe.
- Se a moralidade é subjetiva, então a moralidade não é fundamentada em Deus de alguma forma. (Antes, ela esta fundamentada em nós, em nossas opiniões, ou qualquer outra fonte de subjetividade)
- A moralidade é subjetiva.
- Logo, a moralidade não é fundamentada em Deus de alguma forma.
- Logo, Deus não existe.
Neste argumento, a premissa afirmando a subjetividade da moralidade é a principal. Em sua defesa, pensadores têm sustentado que:
- Diferentes culturas e civilizações criaram diferentes valores morais.
- Há o consenso geral de que a moralidade é subjetiva.
- As pessoas não conseguem chegar a um consenso entre si sobre o que é moralmente correto ou incorreto.
Avaliação[]
O argumento falha precisamente na quarta premissa, com teístas discordando que a moralidade seja subjetiva. De fato, há pelo menos três maneiras de saber que a moralidade é objetiva:
- Muito embora conscientemente nós afirmemos muitas vezes a subjetividade dos valores morais, na prática sempre testemunhamo-nos. Em outras palavras, o "consenso geral de que a moralidade é subjetiva" consiste em "palavras ao vento": as mesmas pessoas que uma hora afirmam a subjetividade dos valores morais acabam, em outras, afirmando sua objetividade. O escritor cristão C. S. Lewis observa este evento em seu livro Cristianismo Puro e Simples.
- Nossos instintos morais nos apontam que a moralidade é objetiva.
- A existência de Deus, fundamentada em argumentos cosmológicos, ontológicos, experiência pessoal dentre outros, garante a objetividade dos valores morais ao afirmar o antecedente da primeira premissa.