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O argumento da consciência mental é um argumento para a existência de Deus fundamentado na alegada natureza transcendente da consciência. Entre os defensores contemporâneos deste argumento encontram-se o filósofo cristão J. P. Moreland.[fonte?][1]

Exposição[]

O argumento da consciência já foi apresentado em várias versões, tanto na forma dedutiva quanto na indutiva.[2]

Moreland já propôs pelo menos duas versões, uma baseada na existência de estados mentais e outra baseada na relação entre a natureza da consciência e a natureza física do mundo que, de acordo com o naturalismo, é a única que existe.

Forma indutiva[]

A forma indutiva do argumento alega que, uma vez cientes da existência da consciência e do que as cosmovisões naturalista e teísta têm a oferecer, conclui-se que a existência de uma consciência faz mais sentido (i.e. é mais provável de ser a verdadeira) numa cosmovisão teísta do que em uma naturalista. Esse argumento pode ser resumido da seguinte maneira:[3]

Seja B a informação de fundo, E a existência de consciência mental humana, T o teísmo e N o naturalismo.

  1. E é sabido ser verdadeiro, i.e. Pr(E) é perto de 1.
  2. N não é intrinsecamente muito mais provável do que T, i.e. Pr(N | B) não é muito maior do que Pr(T | B).
  3. Pr(E | T) > Pr(E | N).
  4. Todas as demais evidências iguais, N é provavelmente falso, i.e. Pr(N | B & E) < 1/2.

Estados mentais[]

De acordo com a Wikipédia anglófona[4], a versão dedutiva de Moreland pode ser resumida na seguinte estrutura:

  1. Estados mentais genuínos e não físicos existem.
  2. Há uma explicação para a existência de estados mentais.
  3. Explicação pessoal (EP) é diferente de explicação científica natural (ECN).
  4. A explicação para a existência de estados mentais é ou uma EP ou uma ECN.
  5. A explicação não é uma ECN.
  6. Logo, a explicação é EP.
  7. Se a explicação é EP, então é teísta.
  8. Logo, a explicação é teísta.

Natureza[]

No livro "Ensaios Apologéticos: Um Estudo para uma Cosmovisão Cristã", Moreland apresenta um argumento que pode ser descrito da seguinte maneira:

  1. O naturalismo é a cosmovisão segundo o qual tudo o que existe é de natureza física (não exite nenhuma outra ordem das coisas, uma "ordem sobrenatural").
  2. O teísmo é a cosmovisão segundo o qual existe uma ordem transcendental, i.e. de acordo com o teísmo, no mínimo duas naturezas existem: uma física e uma sobrenatural.
  3. O postulado de Leibniz validamente afirma que uma entidade x é diferente de uma entidade y se alguma propriedade de x for diferente em relação a y, e vice-versa, ou mesmo se houver a potencialidade de uma propriedade x vir a ser diferente em relação a y.
  4. Sistemas são coisas que possuem propriedades. Propriedades são atributos que caracterizam um sistema (cor, peso, altura, etc.)
  5. Se a consciência possuir uma natureza com propriedades diferentes ou mesmo potencialmente diferentes da natureza física, então a consciência não é física.
  6. A consciência possui uma natureza com propriedades pelo menos potencialmente não-físicas.
  7. Logo, a consciência não tem uma natureza física.
  8. Logo, o naturalismo é falso e o teísmo é uma explicação plausível, daí provavelmente verdadeira.[fonte?]

Referências

  1. Craig, William Lane. Ensaios Apologéticos: Um Estudo para uma Cosmovisão Cristã. [S.l.: s.n.]. ISBN 0830827358.
  2. Both these are following J. P Moreland "The Argument from Consciousness" in The Rationality of Theism ed Paul Copan and Paul Moser, London:Routeledge (2003) ISBN 0-415-26332-8 and J. P Moreland "Consciousness and The Existence of God"
  3. Lowder, J. J. (2014). A Good F-Inductive Argument for Theism based on Consciousness (em inglês). Patheos. Página visitada em 18 de fevereiro de 2015.
  4. Retirado de Argument from consciousness na Wikipédia anglófona. Página acessada em 25 de setembro de 2010 (link).


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