O argumento da autonomia (do inglês argument from autonomy[1]) é um argumento contra a existência de Deus apontado por não-teístas que se baseia na relação entre moralidade e a adoração a Deus.
O argumento pode ser estruturado da seguinte maneira:[1]
- Se Deus existe, então Ele é digno de adoração.
- Se Deus é digno de adoração, então Ele requer obediência incondicional.
- Mas agentes moralmente autônomos não podem ter uma obrigação moral de obedecer a qualquer coisa incondicionalmente uma vez que para fazer isso, isso causaria a destruição da liberdade moral.
- Se a liberdade moral é cortada, então o agente moral deixa de ser moral e todas as obrigações morais são destruídas.
- Logo, Deus é incapaz de ser adorado.
- Logo, Deus não pode existir.
Avaliação[]
O argumento parece ser inválido por algumas motivos. William Lane Craig, por exemplo, apontou que este argumento não é válido contra o teísmo, sendo, na verdade, um argumento contra ter obrigações morais incondicionais.[1]
Referências
- ↑ 1.0 1.1 1.2 Craig, William Lane. Objections to Belief in God 1 (em inglês). Reasonable Faith Podcast. ReasonableFaith.org. Página visitada em 7 de outubro de 2010.
- Arguments for Atheism (em inglês). Philosophy of Religion. Página visitada em 7 de outubro de 2010.
- The Argument from Autonomy (em inglês). Philosophy of Religion. Página visitada em 7 de outubro de 2010.
- Rachels, James. God and Moral Autonomy (em inglês). Infidels. Página visitada em 7 de outubro de 2010.
- Tremblay, Francois. Argument From Moral Autonomy (em inglês). StrongAtheism.net. Página visitada em 7 de outubro de 2010.