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A aposta ateísta (ou do ateu) é, semelhante à aposta de Pascal, um raciocínio pragmático que procura justificar o posicionamento ateísta de um indivíduo independente do aval epistêmico para o ateísmo. A aposta pode ser formulada de diversas maneiras, duas das quais de acordo com os textos à seguir:[1][2]

Você deve viver a sua vida e tentar fazer o mundo um melhor lugar para você estar nele, independente de você crer em Deus. Se não há nenhum deus, você não perdeu nada e será lembrado grandemente pelos que você deixou para trás. Se há um deus benevolente, ele vai julgá-lo por seus méritos e não apenas em se você creu ou não nele.
Independe de você crer ou não em Deus, você deve viver sua vida com amor, gentileza, compaixão, misericórdia e tolerância enquanto tenta fazer o mundo um lugar melhor. Se não há Deus, você não perdeu nada e vai ter feito um impacto positivo ao redor de você. Se há um Deus benevolente revendo a sua vida, você será julgado por suas ações e não apenas pela sua abilidade em cegamente crer, quando há uma significativa falta de evidências da existência de algum deus.

Avaliação[]

A aposta ateísta possui pelo menos duas falhas. Primeiro ela assume, sem justificativa razoável, que uma divindade benevolente julgaria uma pessoa tão somente pelas suas boas obras e não pela sua fé ou relacionamento com ele. Contrapondo-se a essa tese, tem-se que caso o Cristianismo é verdadeiro, então não é o caso que Deus concederia a vida eterna às pessoas simplesmente porque agiram de forma benevolente durante a sua vida. Segundo ela falha em fundamentar o porquê viver uma vida com "amor, gentileza, compaixão", etc. seria útil para a obtenção da vida eterna (caso uma divindade exista) ou algo sequer realmente bom e que vale à pena ser feito. Muitos filósofos como William Lane Craig[fonte?] e Gregory Koukl[fonte?] defendem que, sem Deus, tais "benevolências" são fúteis e não passam da opinião pessoal de cada indivíduo provavelmente adquirido como parte do processo evolutivo. A consequência disso seria que defender uma vida de amor, compaixão, etc. seria puramente arbitrário.

Veja também[]

Referências

  1. Retirado de Atheist's Wager na Wikipédia anglófona. Página acessada em 09 de maio de 2015 (link).
  2. Agnostic Atheism Wager (em inglês). RationalWiki. Página visitada em 09 de maio de 2015.


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